Tive sintomas parecidos com a esclerose múltipla, incluindo crise de fadiga extrema.
Tudo começou com diarreia, eu pensei que fosse um problema que tenho no intestino. Depois senti a garganta arranhar e depois senti muito frio. Como minha mãe também estava com febre e sintomas gripais, logo desconfiei que era Covid-19.
Já fiz os testes, 16 dias depois eu ainda estava com o vírus circulando no meu nariz, foi o que apontou o PCR RT. Já o outro exame, IGg e IGm, não valeu de nada, os dois deram negativo como se eu ainda não tivesse sido infectada e não tivesse criando anticorpos.
Eu fiquei tão fraca que achei que fosse morrer, 6 dias após o início dos sintomas decidi, por conta própria, parar de tomar o remédio para esclerose o Fingolimode.
Não tive tosse.
Tive hipotermia.
Foram as piores 2 semanas da minha vida, pareceram meses. Minha mãe ficou internada, quando ela estava melhor meu pai ficou internado. Minha mãe piorou 7 dias depois e meu pai piorou 12 dias depois do início dos sintomas e ficou internado. Os dois tiveram pneumonia com o pulmão muito comprometido.
Eu passava álcool em tudo, passava as roupas para destruir o vírus, limpava o banheiro várias vezes por dia, até que eu cheguei à conclusão que nada daquilo funcionava, que nós já havíamos pegado a Covid e que não adiantava ficar me cansando mais ainda. Mas eu não conseguia dormir sabendo que todos da minha família adoeceram ao mesmo tempo, pai, mãe e irmãos.
Depois de 16 dias, saí para fazer exame e voltei a ficar mais duas semanas em quarentena.
Quando minha mãe teve alta do hospital, meu pai ficou internado.
A quarentena foi semelhante ao que já faço na minha vida: ficar em casa, evitar multidão, evitar festas e aglomeração. Mas ter pegado a doença Covid-19 assim mesmo foi o pior de tudo.
sábado, 18 de julho de 2020
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