terça-feira, 31 de março de 2015

Voo para Düsseldorf e Depressão Profunda

Fiquei muito triste e intrigada com a notícia do voo que terminou em tragédia nestes dias, mês passado.

Mas fiquei mais triste ainda como a mídia brasileira vêm tratando a Depressão Profunda, que, como o nome diz, é Grave e a mídia tem feito parecer que é apenas uma "depressãozinha" ou uma doença de maluco que faz a loucura de se matar e levar um monte de gente consigo.

Estou bem cansada com os dois cursos que estou fazendo, apesar de gostar dos dois. Eu também sofro de depressão e sei bem o estrago que ela causa, um deles é o cansaço e os demais eu fiz este resumo que tirei de um site e da experiência própria para que as pessoas entendam melhor:


Primeiro, a doença do co-piloto é "a depressão", não "uma  depressão". Foi constatado que o copiloto do avião que caiu nas montanhas tinha "severe depression", cuja tradução é depressão profunda.

A depressão profunda não é uma "depressãozinha" nem passa sozinha. Ela afeta o sono, a memória, a vida social da pessoa e a concentração. A pessoa come muito ou come bem pouco; dorme muito certas horas e outras horas tem insônia;

A pessoa com depressão profunda sente um vazio, uma tristeza muito grande, como se estivesse de luto mesmo que ninguém próximo tenha falecido.

Quem sofre de depressão profunda sente, algumas vezes, uma grande falta de energia, fica muito triste por se sentir cansado, não tem energia nem mesmo para tomar banho, nem energia para estar com amigos e familiares.

Geralmente não têm esperança em relação ao futuro, sentem-se inúteis na sociedade; têm idéias de suicídio e planejam como será. E podem mudar de repente de um estado de depressão para um estado de felicidade.


Sinais de que a pessoa está com depressão:

Sentir um cansaço muito grande, fadiga, mesmo que não faça tarefas muito cansativas e mesmo depois de dormir várias horas;

Ficar com apatia, com aparência abatida, fazendo tarefas bem lentamente;

Ter sentimento de culpa e de ser inútil;

Falar muito em morte e/ ou suicídio;

Sentir raiva, tristeza, desamparo, impaciência;

Ter delírios, ouvir vozes, ver coisas que não estão ali, sentir gosto diferente ou não sentir o gosto da comida, não sentir direito o toque, não ter tato direito;

Achar que todos estão reparando nela, falando bem ou mal dela, pensar que alguém "importante" está apaixonado por ela, pensar que não sabe fazer bem as tarefas;

Ter pensamentos que diminuem a auto-estima da pessoa, como "você é um idiota, você não consegue" ou parecido.

Dificuldade em perceber que experiência é real e o que não é.  "Ficar no mundo da lua".

Pessoas religiosas, mesmo as mais fervorosas, podem até não acreditar em mais nada.

Peguei algumas informações do site abaixo:

http://www.vidadequalidade.org/a-depressao-profunda-ou-depressao-clinica-sintomas-e-tratamento/comment-page-2/

E devo dizer que as pessoas que conhecem alguém com depressão precisam procurar por esta pessoa com frequencia, saber como ela está e, se preciso, pagar um tratamento, levar a pessoa ao psiquiatra e / ou psicóloga, precisam ajudar pois às vezes a pessoa não é capaz de ajudar a si mesma.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Em fevereiro foi carnaval e eu não postei o mês inteiro.

Estou fazendo alguns cursos que ocupam bem o meu tempo.

Estou numa alegria e decepção ao mesmo tempo.

Alegria por estar fazendo cursos que eu queria fazer e ainda não tinha coragem.

Tristeza por perceber as marcas que a esclerose múltipla deixou em mim: memória fraca e tato quase zero. Em todos cursos que faço, preciso usar minha memória para exercer o que aprendi. E, num dos dois cursos, preciso do tato, preciso sentir. Mas já faz tempo que não sinto nada, ou quase nada dos pés até metade do rosto.

Mas vou seguindo fazendo os cursos e vendo no que dá. A vida é assim.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Sol e Sono de Volta ao Rio de Janeiro 40 Graus

Estive em um lugar onde a temperatura não passava dos 36 graus.

Agora estou no Rio de Janeiro enfrentando os 40 graus.

Eu já havia percebido que o sol me dá sono e por isso não posso ficar muito tempo no sol, pois tá arriscado eu dormir a tarde toda. E o dia todo. E a noite toda.

Pois bem, mal cheguei no Rio e decidi que encararia o sol de frente por alguns minutinhos. Resultado: bolhas nos braços que coçavam e que, misteriosamente, desapareciam quando eu saía do sol.

Como não tenho ar-condicionado, para dormir à noite é quase impossível, tenho resolvido isto tirando uns cochilos à tarde. Mas estes cochilos atrasam minha vida, pois tenho um monte de planos e muita coisa a resolver.

Fora isto, a diferença de temperatura entre ar-condicionado das lojas, do ônibus de viagem e o calor de 50 graus do Rio fizeram com que eu ficasse gripada, com a garganta toda dolorida e, adivinha?

FADIGA! Fadiga da Esclerose Múltipla, da gripe e do calor, da pressão baixa, tudo junto numa deliciosa mistura #sóquenão.

Estou há apenas dois dias e meio e já estou de molho. Só me sentindo de molho, pois tenho feito muitas tarefas dentro e fora de casa. Menos hoje. Talvez, menos amanhã.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Qualquer Dia de Dezembro

Cada dia menos fútil e cada dia mais útil, é assim que me sinto.

O nosso universo feminino nos faz querer nos enfeitar, nos embonecar e ficar lindas. Mas é claro que não somos apenas bonecas, somos responsáveis, mães, filhas, avós, tias, sobrinhas, cheias de bondande, fé, esperança, amor e sonhos, queremos o nosso bem e o bem dos próximos.

Estudamos, trabalhamos, conquistamos espaço e mostramos ao mundo que somos fofas!!!

Quero desejar a todos, homens, mulheres, jovens e velhos e a quem mais for, até aos aliens de Marte (risos), boas festas, um ótimo fim de ano e que 2015 seja o melhor ano da vida, assim como 2016, 2017, 2018...

Fui ao retiro espiritual e aprendi muito e ainda tenho muito a aprender. Foram 3 dias cansativos de silêncio, pois eu estava bem gripada e com dor de barriga.

Continuo as hidratações nos cachos, porém com muito menos frequência (uma vez por mês?);

Continuo tomando remédio para Esclerose Múltipla (EM) e estou bem, apesar das constantes dores de barriga e desta gripe que não passa;

Preciso voltar a fazer dieta, pois muitas roupas já não cabem mais em mim, sinal que consigo engordar mesmo sendo pré-diabética e tomando um remédio para EM que reduz a imunidade.

Vou viajar e volto, talvez, no ano que vem. Lá o acesso da internet é difícil.

Até mais!!!

PS: Cãibras no verão: é a primeira vez que as tenho...

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Alergia à Quina Rosa da Haskell

Meu low poo:
Tenho os seguintes produtos:

Máscara:
Quina Rosa da marca Haskell (nutrição);
Ceramidas da Kanechom (nutrição); e outras duas que ainda não acabaram, pois não tenho precisado de muita hidratação, pois meu cabelo está macio e brilhante.

Lembrando que a máscara da Kanechom eu uso como condicionador e desembaraço os cabelos com ela. Ela é ótima para desembaraçar, deixa os cabelos ultra macios.

A máscara Quina Rosa da Haskell é muito boa, deixa os cabelos macios e com um leve perfume. Mas, depois de 1 mês usando, criei uma alergia. Nas instruções diz que a máscara pode ser deixada no cabelo. Pois bem, colocava no cabelo dia sim outro não. Até que um dia comecei a sentir uma queimação no couro cabeludo e, principalmente, na nuca. Após algum tempo a pele da minha nuca ficou dura e começou a descascar.

Parei de usar a máscara e voltei a usar alguns dias depois e a alergia continuou. É uma pena eu ter desenvolvido alergia pois o meu cabelo se deu bem com a Quina Rosa.

Creme de pentear: Niely Gold extrabrilho. Voltei a usar este creme pois é barato e bom.

Não tenho usado finalizadores, mas tenho um spray da Charming que uso quando tem alguma festa.

O shampoo estou usando o Bétula da marca Phytoervas e já está acabando. Muito bom, transparente, cheiro suave de planta e sem sulfato.




sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Sensação de Calor e Nostalgia


Que estes dias estão quentes é fato. A questão é sentir o calor dos dias.

Lembro-me da minha primeira aula de filosofia no colégio: o professor perguntou como sabíamos que estávamos vivos. A turma riu e falou que era porque sentimos, vemos e ouvimos.

 Então o professor lançou a pergunta: "E se não pudéssemos sentir?" e a turma inteira calou-se. Ele pediu a todos que fechassem os olhos e, com os olhos fechados, nos assustamos ao ouvir o som do apagador caindo no chão.

O professor de filosofia acabara de nos ensinar a questionar o mundo. E, questionadora como quase sempre fui, comecei a questionar até a mim mesma. E é sobre isto que quero falar: sensações.

Quem tem esclerose múltipla com algumas lesões no cérebro e ou já fez pulsoterapia, deve saber que sentimos o que outras pessoas não sentem. Ou melhor, que não sentimos.

Tenho a sensibilidade da pele alterada por causa da doença, por isso não sinto a água do chuveiro, não sinto os lençóis da minha cama encostarem no meu corpo.  Não sinto o abraço caloroso que algumas pessoas me dão.

Mas sinto cheiros, sinto gostos, sinto dor e prazer. Consigo apreciar uma deliciosa sobremesa, como o pudim de baunilha diet delicioso, consigo chorar de dor quando minha barriga dói misteriosamente.

Sinto choque, agulhada, dormências e cãibras. Sinto o toque macio de alguns tecidos passando o dedo neles, mas não sinto o tecido passar nas minhas pernas ou nos braços. Não sinto cócegas direito.

Lembrar destas sensações, traz para mim uma nostalgia, uma lembrança de infância, onde as sensações às vezes pareciam com as de agora, como a sensação de pressão baixa num dia quente e outras sensações diferentes, como a de eu achar de mau gosto misturar rosa com vermelho em um brinquedo  e até sentir um mal-estar por ter estas cores misturadas,  ver unhas pintadas de vermelho, bota branca, pessoas com piercing, tatuagem, jeito de roqueiro, tudo isto me causava mal-estar.

Hoje não sinto mal-estar por ver unha pintada de vermelho e até acho bonito, principalmente um tom mais aberto, mais claro. A sensibilidade ou a falta dela é que me faz sofrer. É horrível abraçar alguém e não sentir o abraço; é horrível tomar banho e não sentir a água, a impressão que se tem é a de não tomar banho.

Às vezes me pergunto: como saberei que estou viva?

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Setembro e Outubro

Setembro foi aniversário da minha linda avó e ela fez 90 anos.

Eu comecei a planejar as férias do meu namorado a partir de agosto e ele só tirou férias em outubro.

Estou passeando muito pelo Rio de Janeiro!

Esqueço que tenho esclerose múltipla (será que ainda tenho?) e faço não um monte de coisas, mas algumas coisas que jamais imaginei que conseguiria.

Visitei sozinha uma amiga que mora num bairro perto longe e conheci o bebê dela e brinquei bastante.

Passei pelo subúrbio e pela Zona Sul - a zona dos ricos do Rio de Janeiro. A diferença é enorme, e a maior diferença parecem ser duas:

1) No subúrbio (onde fui) tem muito asfalto e pouca vegetação;
2)No subúrbio tem pouco policiamento, pouca segurança.

Nos dois lugares há pobreza, moradores de rua, drogados e etc vivendo ao lado dos ricos ou classes médias ou pobres que nem eu, mas ricos de coração. =)

Foto do bairro do Riachuelo. (Subúrbio)

Vou ficar devendo uma foto da Zona Sul onde estive hoje: Jardim Botânico (Parque Lage), Leblon, Ipanema (passei por lá de ônibus) e Copacabana, onde parei, fui ao cinema Roxy e comi uma pizza nem lembro onde.