Minha depressão começou na adolescência, aos 13 anos, assim que comecei a perceber melhor a razão do mundo. Já veio logo com uma forte crise existencial com perguntas: "O que estou fazendo aqui, neste mundo, por que existo?" e etc.
Procurei respostas para as perguntas acima mas só as encontrei anos mais tarde: desde a evolução, até religião. Acredito que somos realmente evoluídos do macaco e que Deus tem algo a ver com isso.
Sobre crise de abstinência: quando comecei a tomar antidepressivos, isto lá na adolescência, eu era totalmente contra usar drogas, mesmo as legais, para tratar do corpo e da mente. Achava que existiria alguma espécie de cura na natureza, como pegar sol, tomar vitamina D e comer os alimentos certos para melhorar de doenças.
Hoje em dia sei que devido a fatos evolutivos, falhas genéticas e outras, precisamos de remédio. Acontece que até então, eu nunca havia sofrido uma crise de abstinência e realmente temia ter uma destas. Eu só não pensei em quanto horríveis elas são sentidas no corpo.
Tomo Pamelor, remédio antidepressivo, este comecei a tomar por uma grave enxaqueca, onde eu não suportava nem som, nem luz e muito menos alguns padrões de música. Eu sei que estes remédios podem causar dependência e foi isto que aconteceu. Tomava doses baixas deste remédio, doses em torno de 10mg a 25mg.
Como resolvi começar a fazer atividades intelectuais e físicas, como sair de casa 3 vezes por semana e subir escadas e andar bastante para ir aos cursos de espanhol e costura, comecei a ficar mais e mais deprimida. Quanto mais eu estudava e caminhava, mais deprimida e cansada eu ficava. Foi então que começou a crise de abstinência.
Os médicos foram aumentando a dose de antidepressivo para 50mg, depois 75 e enfim 100mg. Com a maior dose, minha memória apagava o tempo todo, mas eu já não sentia nem baixa autoestima, nem depressão.
E com cerca de 50mg veio a minha primeira crise de abstinência: eu viajei e quando voltei não trouxe o remédio e nem conseguia comprar o remédio pois dormia a maior parte do dia e da noite. Os sintomas foram: tremores pelo corpo, uma sensação de estar doente, gripada, mesmo sem tosse, sem coriza nem nada. Uma fadiga intensa e muitos arrepios por dentro. A sensação é muito ruim, mas só veio após 3 dias sem tomar remédio, isto na primeira crise.
Depois, tive que tomar o remédio intercalando dias, quando eu já ficaria sem remédio e mais uma vez não conseguia sair para comprar ou pegar nova receita. Então eu fui diminuindo a dose até alcançar os 50mg, dose em que ainda vêm alguns pensamentos depressivos à mente, mas dose que não tem uma perda de memória tão grande quanto antes. E então a crise passou para 1 dia.
Agora basta eu esquecer de tomar o remédio ou ficar sem tomar 1 dia que vem a temida crise de abstinência. E ela vem com uma sensação de mal-estar grande, como se eu não conseguisse realizar muitas atividade e fico com um sono enorme.
Sobre azia: vou colocar o comentário que fiz no blog da Fabi:
"Estou com azia, refluxo há vários anos. Cortei um monte de alimentos, depois comecei a retomar alguns deles com leituras que fiz de ayuverda e outros textos. Exemplo: cortei limão, mas depois comecei a tomar suco de limão e só duas horas depois posso comer algo com leite, mas não dar uma coalhada no leite. Parece que o limão de ácido se torna alcalino no nosso corpo. Os doces deixam o ambiente do estômago mais ácido, o que nos prejudica porque as bactérias e fungos adoram ambientes ácidos.
Só falta experimentar tomar bicarbonato para ver se melhora. Devo ir ao médico, mas lembro que estes gostam de nos encher de remédios que pesam no bolso e às vezes não curam, só tratam.
Acompanhei alguns vídeos do Dr. Lair Ribeiro que diz que remédios como Pantoprazol inibem a acidez mas também permitem às bactérias se multiplicarem em excesso no nosso corpo e isso é péssimo para nós."
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
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