O final de ano foi uma correria. Viajei para o interior do Rio de Janeiro para passar o Natal com a família.
Depois, voltei pro Rio e para casa, desfiz as malas, fiz outra mala e fui para a casa da minha tia.
Entre o Natal e ano novo viajei para São Paulo, fui num dia voltei no outro. Cheguei em casa, descansei e veio o ano novo.
Preparei algumas comidas, lavei as roupas, desfiz as malas e fiz outra mala, próximo destino: Florianópolis. Foram 4 dias maravilhosos naquela ilha linda que às vezes parece ter mais argentino do que brasileiro.
Chegando de volta, lavei as roupas de novo e percebi que fiquei deprimida. As viagens que fiz foram tão boas que deu até tristeza voltar para casa. Mas o mais interessante foi perceber que era, desculpem-me os fãs de Gilmore Girls: "Nunca ou Agora".
Gostei de ter ido ao interior, mas a cidade era muito pequena para mim. Gostei de ir à São Paulo, mas parecia muito grande para mim, muitos prédios. Gostei mais ainda de ir à Florianópolis, parecia perfeito, nem muito grande, nem muito pequeno, casas e prédios, tudo balanceado.
Mas gostei mais ainda de perceber que consegui ir a todos os lugares sem ser fortemente atingida por uma fadiga. Na maioria das vezes, tomei o Mantidan para aguentar o tranco. Mas, ao voltar ao Rio, abandonei o remédio.
Fui ao médico e ele me recomendou outro médico e passou um remédio para hérnia de hiato, que é o motivo do meu refluxo, ou um do motivos. O outro é que meu esôfago e estômago estão empurrando a comida bem lentamente para baixo ou simplesmente nem se mexem. Síndrome de Garfield (inventei).
Daqui a pouco entrarei no meu terceiro mês de férias (acho que as pessoas com esclerose deviam ter 2 meses de férias) e está tudo ótimo. Só que não. Ainda penso em me mudar para outro planeta. O calor do Rio está suportável, não sei como, porque não tenho ar-condicionado. A atmosfera está melhor do que a de Marte. Tem mais água do que na Lua de Júpiter, exceto pelo dia que, misteriosamente, faltou água.
Enfim, estou revendo Gilmore Girls que gostava há uns 15 anos atrás e já assisti a série nova no Netflix. Quando vi a pessoa que fez Rory tão envelhecida, pensei: "É assim que vou ficar quando tiver 35 anos?" e entrei em crise. Não crise de idade ou existencial, nem mesmo crise de identidade (eu acho), mas uma crise de pensar: "o que fazer nos próximos 5 anos?".
Eu não parava muito para pensar nisso, já que a esclerose múltipla me reserva surpresas de vez em quando. E agora decidi pensar, mas não vou sair revelando por aí.
Desejo uma boa semana a todos e até breve!
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
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