quinta-feira, 6 de março de 2014

Andando na Areia e Correndo Com As Crianças

Tirei uns quinze dias de "férias" e voltei com mais de cinquenta pensamentos. Alguns deles eu gostaria de compartilhar no blog. São eles:

Estou tomando o fingolimode faz pouco tempo e já posso perceber melhoras até na fadiga. Viajei para um lugar que tem praia com lagoa e mar e areia de tudo quanto é tipo: areia preta, branca, amarela, laranja, areia macia, muito macia, dura e muito dura.

O mais difícil é andar na areia muito macia. No meu primeiro dia de viagem, fui andar logo na areia macia e quase que não aguento nem ir até a lagoa, que fica a uns 10 minutos da minha casa. Areia macia é muito cansativo e, várias vezes, fiquei sem fôlego e tive que parar e descansar. Mas, nos outros dias, fui percebendo que, apesar de ainda parecer sem fôlego, eu estava indo cada vez mais longe e ficando cada dia menos cansada, com menos fadiga. É claro que tem o fato de que lá eu só costurava, lia e caminhava, eu não precisava fazer as tarefas de casa, mas, mesmo assim, percebi que a sensação de fadiga estava desaparecendo.

Passado alguns dias, fui brincar com dois primos meus de cinco anos e quando eles pediam para eu correr, eu simplesmente dizia: "Eu não sei correr". Mas, teve um dia que as crianças não estavam lá e eu resolvi correr. E percebi que o mesmo caminho que levo uns dez minutos andando eu posso levar menos correndo porque agora eu consigo correr! Quer dizer, antes eu também conseguia, não todos os dias, mas conseguia, a questão é que consegui correr um trecho maior.

Quando voltei para o Rio, minha cabeça estava cheia de pensamentos e eu não conseguia nem dormir. Ao sair na rua e pisar na calçada irregular ou mesmo lisa, mas de cimento, percebi que eu estava com uma sensação de leveza e pensei: a areia é a solução!

O único grande problema de andar na areia muito macia são as dores na coluna e eu ainda tenho que fazer algumas pausas.

Eu brinquei com as crianças o dia todo, andava de um lado pro outro pois as crianças não paravam num só canto e até arrisquei correr para me esconder um pouco delas e percebi que é possível até brincar com as crianças, mesmo que esta atividade me dê um cansaço físico e emocional no final do dia. Mas isto é matéria para outro post.

Posso dizer que fiquei satisfeita com meu desempenho brincando com as crianças, correndo e andando na areia, afinal, com o cansaço que eu sentia antes, mal dava para andar 500 metros em determinados dias.

4 comentários:

  1. Olá querida. Espero que esteja se sentindo muuito bem. Vou iniciar meu tratamento com Gilenya e gostaria de saber como vc tem se sentido (afinal, ja faz um certo tempo que vc não posta nada no Blog). Gosto muito de suas publicações!

    Me diga, por favor, se vc acha que este medicamento tem sido eficaz, e se a eficácia se sobrepõe aos efeitos colaterais (ou vice-versa) ?

    Obrigado desde já!

    Allan.

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  2. Eu estou ótima. Tem um cansaço grande que já não sei se é por causa do remédio ou da doença, ou ainda da minha teimosia- pois a médica já passou um remédio para eu driblar este cansaço e eu não tomo.

    Eu não tive nenhum efeito colateral até agora e o remédio tem funcionado tão bem que esqueço que tenho esclerose múltipla. Só sinto que tenho a doença quando: vem o cansaço; está muito quente ou muito frio; tenho que tomar o remédio (até esqueço para que estou tomando remédio, risos)

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  3. Ah, e quanto a efeitos colaterais, para mim é zero.

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  4. E, às vezes, levo umas agulhadas no corpo ou até sinto dormência, mas é muito raro e acredito que isto seja da doença, pois tenho lesões antigas que não estavam melhorando com o outro remédio (Betaferon) e ainda não sei se estão melhorando com este novo remédio. Mas não posso considerar estes sintomas como surtos pois não duram 24 horas, chamaria de "micro surto sensitivo". Espero ter ajudado.

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