terça-feira, 27 de maio de 2014

Novos Remédios Para Esclerose Múltipla

Esta notícia era para eu ter colocado na semana passada, mas, na outra semana, eu não estava bem disposta, sentia um cansaço muito grande e toda vez que eu tentava realizar uma tarefa como lavar a louça ou passar a roupa eu quase desmaiava. Não tinha sintomas de gripe ou resfriado. Não sentia dores, era só um cansaço extremamente forte.

Eu acabei deixando de lado minhas tarefas da outra semana, mas consegui realizar o exame de sangue que era para realizar desde o começo do ano. Fiz o exame na sexta-feira, aproveitando a fraqueza que senti durante a semana e poderei saber se o cansaço tem a ver com alguma coisa do sangue. Por enquanto já percebi que não estou anêmica. A única coisa que tive além do cansaço foi uma pele muito amarela.

A matéria fala sobre o alemtuzumabe e teriflunomida e faz uma citação ao fingolimode.
Enfim, eis a notícia sobre os remédios:



Novos remédios chegam ao Brasil com a promessa de aliviar a esclerose múltipla
Dois medicamentos aprovados este ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegam ao Brasil com a promessa de revolucionar o tratamento da doença autoimune que ataca o sistema nervoso central
Celina Aquino Publicação:30/04/2014 11:00Atualização:30/04/2014 09:16
As injeções podem deixar de fazer parte do dia a dia de pacientes com esclerose múltipla. Dois medicamentos aprovados este ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegam ao Brasil com a promessa de revolucionar o tratamento da doença autoimune que ataca o sistema nervoso central. O alemtuzumabe, por exemplo, é administrado em apenas dois ciclos anuais de aplicações intravenosas. Já o teriflunomida é mais um remédio via oral que se junta ao arsenal terapêutico para melhorar a qualidade de vida de brasileiros, geralmente entre 20 e 40 anos, que recebem o temido diagnóstico.

A esclerose múltipla provoca a destruição da mielina, envoltório dos neurônios que ajuda na condução dos impulsos nervosos responsáveis por estímulos visuais, sensitivos e motores, principalmente. Dependendo da área atingida, surge, temporariamente, perda de visão, dormência e comprometimento da coordenação motora. A neurologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Soniza Vieira Alves Leon, explica que os tratamentos são indicados para impedir o surgimento de novas lesões, diminuir a frequência dos surtos (momentos de maior agressão à mielina) e interferir na progressão da doença, que pode levar a um déficit neurológico sem recuperação. “A medicação oral veio para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Como acomete jovens, quem recebe o diagnóstico não quer ter que injetar todo dia a medicação, pelo resto da vida”, comenta.

O incômodo de tomar as injeções, sejam intramusculares, subcutâneas ou endovenosas (por meio de soro), não é a única queixa. Soniza acrescenta que os medicamentos injetáveis estão relacionados a efeitos colaterais como dor muscular, febre, pressão no peito e dor de cabeça. Alguns pacientes não conseguem se levantar da cama depois de receber a dose. Por isso, a especialista da UFRJ considera uma revolução o uso de medicações orais. Os comprimidos, ingeridos uma vez ao dia, provocam menos reações adversas.

De uso contínuo, o teriflunomida é mais indicado para iniciar o tratamento da esclerose múltipla. Apesar do conforto indiscutível do medicamento oral, a neurologista informa que nem todos os pacientes podem ser tratados com a substância. É preciso avaliar fatores de risco, com investigação cardiovascular, exame de fundo de olho e chance de infecção pelo vírus da herpes-zóster, para prescrever o remédio. Homens e mulheres medicados com o teriflunomida devem usar métodos contraceptivos eficazes para evitar uma gravidez. Além disso, vacinas de vírus vivos estão proibidas durante o tratamento, porque podem gerar disfunção imunológica. “Os pacientes não podem relaxar porque tomam o comprimido. Eles são orientados a não deixar de se consultar e repetir em três meses os exames”, alerta Soniza.

DESÂNIMO E DOR DE CABEÇA
“Tomava injeção três vezes por semana. No dia seguinte não conseguia fazer nada. Caía na cama com dor de cabeça e desânimo”, relembra a aposentada Cibele Itaboray Frade, de 40 anos, casada e mãe de dois filhos, diagnosticada com esclerose múltipla em 2002. Depois de muito sofrer, ela resolveu apostar na reposição de vitamina D (estudos mostram que o nutriente auxilia o sistema imunológico, apesar de não tratar isoladamente a doença) e conta que há cinco anos não passa por surtos, que já resultaram em perda de visão, perda de força nos braços, falta de sensibilidade da cintura para baixo e perda da memória recente.

Aos 40 anos, Cibele Itaboray é aposentada. Diagnosticada com a doença em 2002, apostou na reposição de vitamina D e conta que há cinco anos não passa por surtos. Hoje presidente da Associação Mineira de Apoio a Portadores de Esclerose Múltipla (Amapem), Cibele não ficou com nenhuma sequela. Ela caminha todos os dias com o cachorro. “Não tenham medo de se informar, pois os tratamentos estão cada vez melhores. A vida continua, e muito bem.”

Busca por estabilidade do paciente
Aprovado pela Anvisa em 2011, o primeiro medicamento oral que chegou ao Brasil é usado por 70 mil pessoas em todo o mundo. Em Santa Maria, cidade no interior do Rio Grande do Sul, 64 pacientes são tratados com a medicação desde agosto passado. “Todos os pacientes tiveram bons resultados, alguns voltaram a andar e estão felizes porque não usam mais os injetáveis. O fingolimode gera maior aderência ao tratamento, pois melhora o movimento, a disposição, não provoca dor nem efeito colateral”, conta o neurologista Juarez Lopes, diretor médico da Associação dos Portadores de Esclerose Múltipla de Santa Maria e Região (Apemsmar). A única reação indesejada, não observada nos gaúchos, pode ser a bradicardia (diminuição da frequência cardíaca) nas primeiras seis horas depois da primeira dose.

O fingolimode costuma ser a melhor alternativa quando houver falha terapêutica com os medicamentos injetáveis. A grande vantagem, na visão de Lopes, é que o remédio protege o cérebro, evitando a atrofia (a esclerose múltipla pode levar à perda de memória). “Não adianta nada o paciente não ter surto e ficar esquecido. Tenho pacientes médicos, empresários, bancários e advogados que trabalham normalmente e levam vida normal”, tranquiliza o neurologista. Ainda não se vislumbra a cura, mas o médico comemora o avanço no tratamento. Em breve, será lançada uma medicação útil para casos em que a doença resultou em paralisia. O comprimido melhora a velocidade de condução dos impulsos nervosos pelos neurônios, fazendo com que o paciente volte a caminhar.

Os medicamentos injetáveis, que começaram a ser usados no Brasil há cerca de 20 anos, foram as primeiras opções de tratamento para a esclerose múltipla. Antes deles, os pacientes acumulavam sequelas. Agora o desafio é oferecer drogas mais efetivas e com maior comodidade. “As novas medicações conseguem controlar melhor o processo inflamatório da doença e proteger o sistema nervoso central para que não haja sequelas. Embora não sejam a cura, resultam em maior assertividade e vida melhor para o paciente”, pontua a neurologista do Hospital da Restauração do Recife Maria Lucia Brito, que participou com dois pacientes do estudo iniciado há quatro anos para avaliar a eficácia do alemtuzumabe.

DOIS CICLOS
Diferente de tudo que existe disponível para tratar a esclerose múltipla, o remédio é administrado em dois ciclos anuais de injeções intravenosas. O paciente toma cinco doses em dias consecutivos, no primeiro ano e 12 meses depois as aplicações são oferecidas em três dias seguidos. Um novo ciclo pode ser necessário caso ocorra um surto que justifique o uso da medicação, mas o acompanhamento é para o resto da vida. Sabe-se que os efeitos colaterais a longo prazo estão ligados a alterações na tireoide e infecções virais. “Temos que pensar em pacientes como indivíduos que podem ou não responder ao remédio, por isso precisamos ter mais opções no arsenal terapêutico”, comenta Maria Lucia, que espera a entrada do alemtuzumabe no Sistema Único de Saúde (SUS).

terça-feira, 20 de maio de 2014

A Proteína da Esclerose Múltipla

Acabei de ver esta notícia: descobriram porque as mulheres são mais suscetíveis a desenvolver a esclerose múltipla: por causa da proteína S1PR2, produzida em maior quantidade pelas mulheres. Para não falar bobagem, resolvi dar um copiar e colar na notícia fresca: saiu hoje. Coloquei a notícia em itálico para não confundir com o que escrevo:
Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/05/20/noticia_saudeplena,148624/proteina-liga-mulheres-a-esclerose-multipla.shtml

Notícia também presente no blog wordpress:

http://esclerosemultipla.wordpress.com/2014/05/18/proteina-liga-mulheres-a-esclerose-multipla/

Proteína liga mulheres à esclerose múltipla

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington identificaram que elas são mais suscetíveis à doença porque produzem níveis maiores da proteína S1PR2

 
Cristiana Andrade - Estado de Minas Publicação:20/05/2014 13:00Atualização:19/05/2014 09:36
Foram identificados 20 genes ativos em diferentes níveis e em regiões vulneráveis no cérebro feminino
Belo Horizonte — Cientistas norte-americanos anunciaram a descoberta de uma diferença no cérebro feminino de pessoas com esclerose múltipla (EM) que pode explicar por que a doença atinge muito mais mulheres do que homens. Os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington identificaram que elas são mais suscetíveis à doença porque produzem níveis maiores da proteína S1PR2.

“Foi um momento ‘bingo’ quando nossos estudos genéticos nos levaram exatamente ao receptor correto”, disse a pesquisadora sênior Robyn Klein, uma das autoras do trabalho publicado, na última sexta-feira, no The Journal of Clinical Investigation. “Quando analisamos o funcionamento dessa proteína em camundongos, descobrimos que, quando ativada, a S1PR2 permite que os glóbulos brancos (células de defesa do organismo) atravessem os vasos sanguíneos até o cérebro. E são essas células que causam a inflamação que leva à esclerose.”

A neurocientista e a equipe de pesquisadores estudaram ratos induzidos para ter esclerose múltipla e cujas fêmeas desenvolviam a doença com mais frequência. Eles observaram a atividade dos genes em regiões em que a doença é mais ativa no cérebro feminino e em áreas às quais a desordem não chega. Foram identificados 20 genes ativos em diferentes níveis e em regiões vulneráveis no cérebro feminino. Não foi possível identificar como 16 desses genes agem nas cobaias e, entre os restantes, observou-se que o aumento da atividade da S1PR2 havia se sobressaído.
 
Fazendo experimentos adicionais, os cientistas perceberam que a S1PR2 tornou acessível a abertura de uma barreira natural que normalmente bloqueia substâncias potencialmente nocivas de entrar no cérebro. Quando aberta, ela parece permitir que as células inflamatórias que causam a EM entrem no sistema nervoso central. “Observamos também que, ao bloquearmos a S1PR2 nos ratos, evitamos que os glóbulos brancos entrassem no cérebro causando a doença”, acrescenta Klein.

Os pesquisadores testaram ainda amostras de tecido cerebral obtidas de 20 pacientes que já haviam morrido e encontraram mais S1PR2 nos cérebros daqueles com esclerose múltipla. O tecido cerebral feminino também apresentou níveis mais altos de S1PR2 do que o masculino. O próximo passo da equipe será monitorar os níveis da proteína em pessoas vivas. Para isso, o grupo projeta, com ajuda de químicos, um rastreador capaz de realizar esse trabalho.

A pesquisadora espera que o trabalho leve a uma compreensão mais completa de como a S1PR2 contribui para a esclerose múltipla. “Esse é um primeiro passo importante a fim de resolvermos o mistério de por que as taxas de esclerose múltipla são dramaticamente maiores em mulheres e na busca de melhores formas de reduzir a incidência da doença e controlar os sintomas dela”, avalia Klein.

Lesões cerebrais
Na esclerose múltipla, o organismo confunde células saudáveis do sistema nervoso central com intrusas. Esse processo, cuja a incidência é quatro vezes maior nas mulheres, resulta em lesões cerebrais que bloqueiam ou retardam a transmissão dos impulsos nervosos, gerando os diversos sintomas da doença, como perda de visão temporária e comprometimento da coordenação motora.
 
Há dois novos medicamentos para esclerose múltipla. Tentarei postar a notícia daqui a dois dias.

domingo, 18 de maio de 2014

Refluxos e Outros Movimentos Retrógrados

Movimentos Retrógrados
Estas greves no Brasil têm causado muito transtorno para a população, por isso escrevi "outros movimentos retrógrados".

Eu marquei médico e não pude ir porque a secretária desmarcou devido à greve dos ônibus. Ela não disse que era por isso, na verdade ela não disse qual o motivo, mas eu acredito que é por causa da greve, eu poderia ir andando até a médica, mas de repente a médica ou a secretária mora longe do trabalho e teria que pegar ônibus.

Acontece que eu marquei médico com 1 mês de antecedência, sabendo que está cada vez mais difícil marcar médicos. Estas greves não parecem ajudar, parecem atrasar ainda mais o Brasil, parecem fazer um refluxo, um movimento retrógrado.

Ouvi lamentos no metrô de pessoas que não puderam comemorar o dia das mães por causa da greve dos professores; ouvi pessoas no ônibus dizerem que teriam que pagar 10 reais numa van para poder chegar onde se precisa chegar, pela falta dos ônibus. Contra-fluxos.

E indo na mesma onda destes contra-fluxos está o meu estômago, intestino ou seja lá o que for que tem me causado refluxos constantes, fazendo com que eu fique a ponto de vomitar a qualquer momento e pensar que devo estar com intolerância à comida, pois qualquer coisa que eu coma, de um simples mingau de aveia ou uma fatia de pão, até um produto à base de proteínas como frango, tudo volta, até mesmo macarrão (nem sei se "contra-fluxos" existe).

Eu já estava com azias que me impediam de comer o que tenho que comer, pois sigo, ou tentava seguir uma dieta sem açúcar. Acontece que quase tudo da minha dieta estava difícil de digerir e passei a comer o açúcar. Ele parecia descer como mágica, mas o aumento do meu peso me avisou: "é melhor parar por aí ou você vai ficar diabética". Não sei mais o que está havendo com o Brasil nem com o meu corpo, pensei que a esclerose múltipla afetasse só o meu cérebro, mas, pelo jeito, ela afeta meu segundo cérebro que é meu intestino e afeta o tanque de combustível que é o estômago. Refluxos.


E, além disto tudo, estou trocando o dia pela noite. E tomando café da manhã na hora do jantar. Outros movimentos retrógrados.